Principal |
Página do Cesário - Um velho projeto... | |
Minha origens
Jardim do Éden Alemanha Gettorf Nepzin Portugal Serra da Estrela Santa Catarina Corupá Joinville De onde vim Por onde passei Onde quer(o)ia ter ido Onde quero ir morar Meu destino Minha Esposa Meus filhos Árvores
Genealogicas Outros links
Clique aqui para ver meu livro de visitas |
Oi! Já há muito tempo eu tinha em mente colocar tudo isto que aí a esquerda está esboçado... Hoje, 09/07/02 comecei... Dia da revolução constitucionalista... Me faz lembrar o que eu já fui: nasci em 18 de fevereiro de 1953, uma quarta-feira de cinzas, na Casa de Saúde de Santos, na Av. Conselheiro Nébias... Meus pais eram Rosa Hagedorn e Cesário Simões. Criei-me nas praias de Santos: Embaré, Boqueirão, Gonzaga... Lembro- me do primeiro lugar onde morei: o edifício América, onde meu pai era zelador... É um edifício de 15 andares, 'a beira do canal 5. Este edifício se inclinou creio que devido à tromba d'agua da qual até hoje me recordo: um tubo, como que uma tromba mesmo, no meio do mar, sugando a água. Em cima nuvens negras. Eu era pequeno mas, talvez devido à tensão e ao medo das pessoas em volta, ficaram gravados alguns comentários como: "Olhem, parece que dá para ver até peixes sendo sugados"... Ao lado era a pensão Svea, com um pinheiro de cada lado... Depois de algumas vicissitudes, passando por Joinville (eu tinha então um ou dois anos) para onde viajei com minha mãe e minha irmã no navio Carl Hoepcke , voltei a Santos e morei na rua Manoel Tourinho com minha avó paterna, dona Mariana Baptista. Meu pai conseguiu outro emprego como zelador, no edif. Boreal, na rua Pindorama. Foi quando eu morava lá que comecei a estudar no Grupo Escolar Dr. Cesário Bastos , na Vila Mathias . Eu ia de bonde ... Com meus sete a oito anos conhecia meu bairro: era bairrista... Já aos 11 anos mudei-me para o centro de Santos: meu pai foi ser zelador de um edifício comercial, em frente à alfândega: conheci mais um bairro. Estava no quarto ano primário, no Grupo Escolar Dr. Cesário Bastos, na Vila Mathias , rodeado pelas oficinas e garagens de bondes elétricos: Virei Santista... Meus pais se separaram. Fui morar com minha mãe na rua Particular Lélia, onde fiquei até meus 16 anos, na casa de Alistair Ian Grant. Foi então que comecei a ir a São Paulo, capital do estado, primeiro em excursões depois para fazer compras de componentes eletrônicos na rua Santa Ifigênia... Acho que aí comecei a virar Paulista... Tomava o ônibus que naquele tempo parava na praça Clóvis Beviláqua... Eu levava um mapa do centro de São Paulo para me orientar nas primeiras incursões... Saía da praça Clóvis, passava pela praça da Sé admirando a Catedral, continuava pela direita até a rua 25 de Março... Lembro-me como fiquei encantado com o viaduto Santa Ephigênia... Logo após chegava à rua onde havia lojas e lojas de componentes eletrônicos... Aos 17 anos fui contratado pela Burroughs Eletrônica. Da Burroughs Corporation. Mandaram-me para o Rio de Janeiro estudar. Fiquei três meses lá. Conheci não apenas o Rio, a Lapa, a Glória, Copacabana e Ipanema, Madureira e o Recreio dos Bandeirantes, a Barra da Tijuca, o Arpoador e o Leblon... O centro do Passeio Público, cheio de gatos e com o Angu do Gomes, a cinelândia, a Mesbla e seu relógio... Mas também Cabo Frio, a região dos lagos, os montes de sal da Álcalis......Virei brasileiro! Depois da Burroughs, fui para a GTE. Conheci Curitiba, Brasília... Certa feita, numas férias, resolvi realizar a viagem que sempre tinha estudado no mapa: Fui de ônibus até Campo Grande, lá peguei o trem para Corumbá. Depois de táxi até Puerto Suarez onde peguei o trem para Santa Cruz de La Sierra... estava na Bolívia e a caminho do Peru... Agora eu era Latino Americano! De omnibus hasta Cochabamba, La Paz de onde se mira el Chacaltaia... Despues hasta Puno pasando por Tihauanaco, Desaguadero e el primero contacto com el Titicaca! En Puno empieza otra viaje de ferrocarril por el Paso de La Raya, a 4300m de altitude! Após sair da GTE, depois de algum tempo perambulando, resolvi ir para a França: estava com meu passaporte, com visto de saída, num tempo em que para sair do Brasil era-se obrigado a fazer um depósito compulsório de U$10,000.00 Eu era livre! E um livre Cidadão do Mundo! Mas não fui. Parei em Florianópolis. E fui ficando. Até já tentei sair daqui, mas sempre voltei... Interrompi pelo meio minha participação na primeira "Oficina Brasileira de Microeletrônica", na UNICAMP e fui a Nobres no Mato Grosso, participar de um "Encontro de comunidades Rurais". Na volta, a convite de um dos participantes, fui até a Chapada dos Guimarães no MS. Depois desci por Poconé onde peguei uma chata para ir pelo Pantanal até, de novo, Corumbá... De volta de trem para S. Paulo... E para Floripa... Trabalhava na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), no Departamento de Física, no CCFM (Centro de Ciências Físicas e Matemáticas). Foi o prof. Pinho quem me "descobriu" para trabalhar lá: estavam precisando de um "eletrônico", como diziam, para dar manutenção ao equipamento dos laboratórios e para desenvolver novos equipamentos, especial prioridade a fontes de alimentação para LASERs de He-Ne. Eu já era conhecido também do professor Ted Ray Taylor, que morava na lagoa e participara de reuniões do Conselho de Moradores. Uma das pesquisas em curso lá era sobre o espalhamento de luz em cristais líquidos. Conheci gente boa lá: O professor Norberto Sühnel, o professor Muzart, o Kühnen... Quem era o chefe do departamento quando comecei a trabalhar lá era o professor John Dale Gault. Acabei por desenvolver um fonte de alimentação que era usada em conjunto com multiplicadores de voltagem. Comprei o material em São Paulo. Os multiplicadores eram usados até alguns anos, quando encontrei o professor Piacentinni e ele mos mostrou... Na Costa da Lagoa construí minha casinha... Levei os tijolos de 25 em 25 na mochila, morro acima... Foram dois anos morando na barraca enquanto a casa não estava pronta. Mas quando dormi pela primeira vez no quartinho! Dava pra ver o cafezal em primeiro plano, depois a Lagoa da Conceição, depois o Parque Florestal do Rio Vermelho e finalmente o mar! Quando a o sol ou a lua nasciam, via-os refletindo no mar e na Lagoa! Eu gostava tanto daquele lugar que escrevi um Projeto de Tombamento do Caminho da Costa da Lagoa. O objetivo era preservar aquele lugar da invasão que acabaria por acelerar a eutroficação da parte norte da lagoa da Conceição... Mas era sozinho... :-( Deixei a UFSC, passei por São Joaquim, na casa do Viva (o "Lauvirzinho")... Voltei conheci a antroposofia e o Jardim de Infância "Anabá"... Fui até Alto Paraíso, andei pela Chapada dos Veadeiros, pelos campos imensos do planalto... E em Alto Paraíso conheci o Mario Persona. Foi ele quem me falou pela primeira vez que eu tinha uma casa não neste mundo. Mas eu não aceitava... Enquanto isso vivia vendendo poemas e ramalhetes de flores na rua, fazendo instalações elétricas, torrando meu café sombreado... Tardei um ano, até que decidi me tornar um Cidadão dos Céu. E aceitei ao Senhor Jesus como meu Salvador! Este foi um rápido retrospecto. Hoje vivo com Ele em meu coração. Mas hoje é história para a próxima página... | |